No Jornal Nacional desta última segunda-feira (04), William Bonner fez duras críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, por causa do deboche que ele fez em relação à tortura pela qual Miriam Leitão passou durante a ditadura militar no Brasil.
Bonner informou qual era o posicionamento da Globo em relação à polêmica e deixou claro que para a emissora é ‘inaceitável’ o ataque promovido pelo filho de Jair Bolsonaro: “Foi repugnante, ofensiva e absolutamente inaceitável a manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro que fez referência a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, colunista d’O Globo, durante a ditadura militar“.
O âncora do JN explicou que Miriam Leitão fez uma postagem nas redes sociais onde criticou o presidente, chegando a chamá-lo de ‘inimigo confesso da democracia’. Eduardo Bolsonaro então zombou do fato da jornalista ter sido torturada enquanto estava grávida. “Ainda com pena da cobra”, disse ele, ao referir-se a tortura que Miriam sofreu, quando ficou em um quarto escuro, sem roupas, com uma jiboia.
Bonner informou que a declaração do deputado federal deveria ser ‘repudiada com toda veemência’ e que não é esse tipo de atitude que o eleitor espera de um político, que deveria no mínimo respeitar as pessoas.
Ainda durante a declaração no Jornal Nacional, William Bonner afirmou que o filho de Bolsonaro merecia não só o repúdio de todos, mas também que fossem tomadas providências por parte daquelas instituições que deveriam ‘zelar pelo Estado de Direito’.
Fátima Bernardes também saiu em defesa da colega de trabalho e no programa Encontro disse que a jornalista poderia contar com seu apoio e solidariedade, além do reconhecimento pelo trabalho que Miriam Leitão fez e continua fazendo para garantir a democracia no Brasil.